Page 7 - rcf126_Neat
P. 7
7
no interior da instituição em função de uma lógica de compor- Índice de risco Ponderador
tamento, separando o que pode provir das pessoas, dos pro- Alto 5
cessos ou da tecnologia. Esta abordagem é mais rica do que Médio/Alto 4
a anterior, ao tentar compreender a natureza do risco operaci-
onal e por permitir um controlo interno. Este tipo de aborda- Médio 3
gem encontra-se por detrás dos designados modelos inter- Médio/Baixo 2
nos, a desenvolver à frente, e que também constam no Acor- Baixo 1
do de Basileia (modelos de medição avançada).
Assim, o índice de risco associado ao pessoal-chave é igual
ao somatório de 1 (baixo para a agência ABC) 3 (médio
Exemplo de cálculo do risco operacional (bottom-up) para a agência XLM) e 3 (médio para a agência XPT), o que
totaliza 7. Para os restantes tipos de risco, o processo é
Suponha-se três estabelecimentos (agências) em que podem
ocorrer dois tipos de risco operacional: 1) ligados aos recur- similar.
sos humanos (que, por sua vez, se divide em risco de pessoal Pode-se igualmente calcular o índice de risco para cada
-chave e risco de fraude; e 2) ligados à tenologia (que, por agência. Deste modo, para agência ABC será de 13
sua vez, se divide em risco de funcionalidade, risco de projeto (1+3+3+1+5).
e risco de desastre). O índice de custo é um índice relativo ao montante gasto
para gerir estes riscos (despesas operacionais).
Matriz de avaliação do risco O rácio custo/risco é igual ao índice de custo dividido pelo
índice de risco.
Riscos ligados aos Risco ligados à tenologia Índice Esta metodologia permite construir um perfil do risco opera-
recursos humanos por
agência cional para diferentes fatores de risco, realçando o custo da
Agência Pessoal Fraude Funcionalidade Projeto Desastre gestão destes riscos.
chave
Existem duas maneiras de classificar estes riscos:
ABC Baixo Médio Médio Baixo Alto
1 3 3 1 5 13 1) Cálculo de um VaR (ValueatRisk) devido ao risco
XLM Médio Alto Médio/Alto Alto Alto
3 5 4 5 5 22 operacional;
XPT Médio Alto Alto Alto Alto
3 5 5 5 5 23 2) Julgar de modo subjetivo apoiando-se na experiên-
Índice de risco cia.
por tipo de risco 7 13 12 11 15 58
Para calcular o VaR é preciso estimar a probabilidade e o
Índice de custo 8 6 15 14 20 63 montante de perda, para cada risco operacional (riscos liga-
Rácio custo/risco 1,142857 0,461538 1,25 1,272727 1,333333 1,086207 dos aos recursos humanos, aos processos, à tenologia,
Fonte: adaptado de Jacob, H &Sardi, A (200) Management des Risques Bancaires, afgeseditions, etc..). Assim, as perdas relativas ao risco operacional são a
p. 370.
combinação de duas variáveis aleatórias, a probabilidade ou
Notas: frequência de eventos de perda (PE) e a severidade da per-
1) Existem três agências em que os riscos operacionais da quando tais eventos acontecem (LGE).
compreendem riscos ligados aos recursos humanos A probabilidade de perda (PE) é uma medida da frequência
(pessoal-chave e fraude) e riscos ligados à tecnologia dos eventos de perda em relação ao número de operações
(funcionalidade, projeto e desastre). durante um período de tempo. O seu conceito é similar à
2) O índice de risco é uma medida que considera a pro- probabilidade de incumprimento (PD – probabilityofdefault)
babilidade que a perda aconteça e o seu valor; no risco de crédito.
3) Existem cinco níveis de risco: Alto (5), Médio/Alto (4), A severidade da perda em caso de acontecer um evento
Médio (3), Médio/Baixo (2) e Baixo (1) (LGE) é o montante da perda dado que o evento da perda
acontece, que conceptualmente é análoga à perda em caso
de incumprimento (LGD – lossgivendefault) no risco de cré-
dito.

