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ser providenciada em formato digital;             tes no país em que possuem as suas sedes ou no qual  R
         • manutenção dos standards contabilísticos e políticas  estão cotadas, mas sim de acordo com os princípios dis-  E
          de divulgação financeira das organizações;       seminados pelas Normas Internacionais de Contabili-  V
         • maior focalização na análise de informação em detri-  dade (NIC) e Normas Internacionais de Relato    I
                                                                                                                S
          mento da recolha e purificação dos dados e, por último  Financeiro (NIRF).                            T
         • alinhamento dos dados requeridos para o relato interno  Aproveitando a taxonomia própria que o IASB desenvol-
                                                                                                                A
          e externo.                                       veu e que faz identificar a cada etiqueta um dado a incluir
         Outras vantagens são condensadas em Faria (2005a):  nas demonstrações financeiras de acordo com as NIC, a  D
         • integração da contabilidade interna e externa;  apresentação do relato financeiro electrónico via XBRL  E
         • descentralização da produção de informação;     muito contribuirá para a desejável compreensibilidade e
         • fecho de contas diário;                         comparabilidade da informação financeira divulgada.  C
                                                                                                                O
         • auditoria contínua;
         • informação mais tempestiva e fiável, e,         Referências Bibliográficas                           N
                                                                                                                T
         • redução da diversidade normativa (especialmente na  ALMEIDA, Raquel (2005) – “XBRL e a arquitectura de  A
          contabilidade pública).                          relato”. Auditoria Interna, n.º 21. Instituto Português de  B
         Não obstante todas estas virtude, parece importante  Auditores Internos – IPAI. Lisboa. Julho-Setembro 2005.  I
         destacar, como benefício maior, a comparabilidade tanto  pp. 13-15.                                    L
         em substância (normas contabilísticas) como na forma  BONSON, Enrique ; ANDRÉS, Javier (2003) – XBRL:   I
         de comunicação, matéria esta ainda inconclusiva em ter-  Un Estandár para el Intercambio Elecrónico de Infor-  D
         mos de União Europeia (Faria, 2005).              mación Económica y Financiera. Documentos AECA –     A
                                                                                                                D
         No exercício da profissão de contabilista, também se  Asociacón Española de Contabilidad y Administración de  E
         fazem notar melhorias significativas, especialmente as  Empresas. Documento n.º 2 . Serie Nuevas Tecnologías
         que se intercruzam com o aumento da eficiência opera-  e Contabilidad. Madrid. ISBN: 84-89959-63-3.    E
         cional motivado pelo uso desta ferramenta e traduzido  FARIA, Maria José da Silva (2005) – “XBRL: o futuro hoje
         na libertação das operações mais mecânicas e rotinei-  ou amanhã?”. Jornal de Contabilidade, n.º 344. No-  F
         ras. Estes profissionais podem assim disponibilizar mais  vembro 2005. pp. 425-429.                     I
         tempo para outras tarefas, designadamente as que se  FARIA, Maria José da Silva (2005a) – “XBRL: Reflexões  N
                                                                                                                A
         prendem com o apoio ao processo de gestão.        sobre uma nova linguagem contabilística”. Revista da
         Em síntese, para finalizar, fazemo-nos valer da constata-  CTOC, n.º 63. Junho 2005. pp. 30-33.        N
                                                                                                                Ç
         ção de Faria (2005: p. 425) que, a este propósito, escreve:   HOFFMAN, Charles ; KURT, Christopher ; KORETO,  A
             o uso crescente da linguagem comum XBRL,      Richard J. (1999) – “The XML Files”. Journal of Ac-  S
             facilita o tratamento e comparação das infor-  countancy. Online issues. May. Documento electrónico.
             mações financeiras, por parte dos analistas e  Disponível                                 em       N.º
             investidores, contribuindo para o aumento dos  http://www.aicpa.org/pubs/jofa/may1999/hoffman.htm.  101
             investimentos transnacionais, [criando] desta  Consult. em 7 Fev. 2009.
             forma as condições necessárias a uma amplia-  MOTA, Carlos Filipe ; PEREIRA, José Veiga ; SOARES,
             ção do uso das IFRS – International Financial  Mário Manuel (2005) – “XBRL: A Linguagem Digital das
             Reporting Standards (antes conhecidas como    Empresas”. Revista de Ciências Empresariais e Jurí-
             IAS – International Accounting Standards).    dicas, n.º 5 (2005). Instituto Superior de Contabilidade e
                                                           Administração do Porto – ISCAP. Porto.
         Conclusão                                         PORTO EDITORA (2004) – Diciopédia. Porto Editora     9
         Tendo-se iniciado como uma proposta individual para  Multimédia. DVD Rom.
         melhorar os processos de relato financeiro, a XBRL con-  SILVA, Ana Cristina da Costa e (2002) – Extracção da
         quistou, em apenas meia dúzia de anos, a atenção e o  Informação de tabelas contidas em texto: uma apli-
         empenho de muitos intervenientes.                 cação a Relatórios e Contas de empresas portugue-
         A questão magna suscitada pela XBRL – o relato finan-  sas. Dissertação com vista à obtenção do grau de mestre
         ceiro electrónico tendo como suporte uma linguagem  em Análise de Dados e Sistemas de Apoio à Decisão pela
         contabílistica digital – vem ganhando cada vez mais ac-  Faculdade de Economia da Universidade do Porto.
         tualidade, na exacta medida em que as empresas euro-  ZAROWIN, Stanley ; HARDING, Wayne E. (2000) – “Fi-
                                                                                                                A
         peias com títulos admitidos à cotação num mercado  nally, Business Talks the Same Language”. Journal of  b
         regulamentado da União Europeia têm por obrigação  Accountancy. Online issues. May. Documento electró-  r
         legal publicar os seus relatórios e contas já não de  nico. Disponível em http://www.aicpa.org/pubs/jofa/  i
         acordo com os princípios contabilísticos geralmente acei-  aug2000/zarowin.htm. Consult. em 7 Fev. 2006.  l
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        1  Citando Mota, Pereira e Soares (2005: p. 280) “uma linguagem markup refere-se a um conjunto de códigos – uma notação – que se utilizam para definir a estrutura e
           o formato de um documento electrónico, utilizando para tal caracteres comuns que são inseridos no documento”. Como exemplos de linguagens markup, os autores
           apontam as linguagens HTML (HyperText Markup Language) e XML (eXtensible Markup Language). Para uma interessante genealogia das linguagens markup atente-  J
           -se em Hoffman, Kurt e Koreto (1999).
           “Uma linguagem é um sistema de comunicação com um corpo próprio de convenções e termos especiais, com sintaxe, gramática e vocabulários específicos”. (Mota,
        2                                                                                                       u
           Pereira e Soares: 2005: p. 280)                                                                      n
        3  Termo geral que se utiliza para designar o navegador. É uma aplicação que serve para localizar e visualizar páginas Web ou documentos HTML situados localmente,  h
           ou remotamente, e vulgarmente chamados de sites. (In Diciopédia)
        4  Organização que supervisiona a criação, organização e revisão dos padrões pelos quais se rege o mundo da Web.  o
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           O tríptico de autores (1999) refere uma característica que nos parece não desprezável: o facto de ser uma linguagem totalmente  gratuita.
        6  Reproduza-se aqui o entendimento de Mota, Pereira e Soares (2005: p. 282): “um esquema é uma sintaxe para a determinação das regras que indicam como se es-
           trutura a informação e onde localizar cada dado dentro de uma classe de arquivos XML do mesmo tipo.   2
        7  Na DTD as regras que definem a estrutura permitida para uma classe de documentos são expressas através de uma sintaxe específica podendo incluir-se dentro do  0
           próprio documento XML.
           Entre as primeiras taxonomias conta-se a correspondente às demonstrações financeiras apresentadas de acordo com as normas internacionais de contabilidade emi-
        8                                                                                                       1
           tidas por este organismo.                                                                            0
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