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Assim, a prioridade é o aumento do Ganho em relação à zadas na análise de investimentos. Neste momento não R
restrição. Em segundo lugar, deve-se procurar reduzir os se realizará a discussão da integração dessas ferra- E
inventários que influem decisivamente através de seus mentas com a Teoria das Restrições. Isso será apresen- V
custos diretos, mas principalmente através de seus cus- tado nas discussões finais do presente trabalho, à luz da I
tos indiretos na rentabilidade da organização. Tanto os simulação apresentada. S
Inventários como as Despesas Operacionais, devem ser T
reduzidas, desde que não afetem o Ganho. A
D
Nos trabalhos de Goldratt (1991), Noreel et al (1996), 2.3. FERRAMENTAS PARA ANÁLISE DE E
Guerreiro (1996). Corbett (1998), Dugdale & Jones INVESTIMENTOS
(1997), Graves & Gurd (1998), Hein (1998), Corbett C
(1999), um dos processos centrais para implementação Inicialmente cabe buscar uma definição para o termo in- O
do Mundo dos Ganhos é o processo de focalização e vestimento. “Investimento é definido como toda a aplica- N
melhoria contínua da Teoria das Restrições. Nesses tra- ção no Ativo suscetível de gerar resultados positivos para T
balhos, utiliza-se essa lógica para desenvolver a decisão a entidade, no longo prazo! (Iudicíbus & Marion, p. 114, A
de qual o mix de produtos que maximiza o lucro da em- 2001). Em geral, pode-se dizer que um investimento é B
I
presa. todo o gasto que implica na expectativa de retorno em L
determinado período de tempo a uma determinada taxa I
Assim sendo, procura-se identificar a restrição e calcular de retorno ou de rentabilidade. Os investimentos em Ati- D
a relação Ganho versus tempo de utilização da restrição. vos podem apresentar-se sob diferentes perspectivas. O A
Explorar a restrição e subordinar as demais atividades Quadro 1 procura evidenciar algumas: D
ao ritmo da restrição, eliminando, dessa forma os esto- E
ques desnecessários, e, por fim, elevar a restrição e re- Nesse sentido, conforme Motta & Calôba (2002, p. 21)
fazer as análises com base na nova restrição “a Análise de Investimentos busca, por meio de técnicas E
identificada. Por vezes, utiliza-se o Processo de Pensa- avançadas, utilizando Estatística, Matemática Financeira
mento da Teoria das Restrições como fio condutor desse e Informática, uma solução eficiente para uma decisão F
método. Em outros casos, a simples aplicação do pro- compensadora”. Diversos autores (Motta & Calôba, 2002; I
cesso de focalização, resolve os problemas para tomada Ross, Westerfield & Jaffe, 1999; Gitman, 2005) apresen- N
de decisões. tam diferentes ferramentas que buscam apoiar a A
N
decisão/escolha entre opções de investimento. Especifi- Ç
Aplicado às análises de investimentos, isso significa dizer camente serão abordados a seguir o Valor Presente Lí- A
que, em geral, qualquer investimento deveria ser inse- quido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR), S
rido no contexto do processo de focalização. Assim, os ilustrando-se as possíveis decisões através de um qua-
investimentos deveriam ser priorizados de acordo com dro elucidativo. N.º
seu impacto na restrição da organização ou da linha de 103
produção. Logicamente, podem existir investimentos que Quadro 1 – Perspectivas de Investimento
não estão necessariamente vinculados à restrição, mas
que podem gerar demandas que desloquem a restrição Perspectiva Visão
do mercado para a organização (procura superior à Aplicação de capitais ou ativos mone-
Financeira
oferta). Nesse cenário, por exemplo, considera-se que a tários próprios ou alheios.
restrição está além dos limites organizacionais. Outra
possibilidade seria, ainda, investimentos de melhoria da Criação ou aplicação de bens de capi-
qualidade que não estão, necessariamente, vinculados à Econômica tal e de outros bens conexos ao funcio- 7
restrição. Entretanto, de acordo com a Teoria das Restri- namento destes.
ções esses investimentos devem ser considerados em
Troca entre a possibilidade de satisfa-
função do Ganho esperado que se busca para a organi- ção imediata e segura de necessidades
zação como um todo.
presentes e a possibilidade de satisfa-
Investidor ção diferida, instantânea ou prolon-
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Noreen et al (1995), apresenta depoimentos de geren- gada, traduzida num nível de consumo
tes e administradores, referindo-se ao Mundo dos Ga-
qualitativa ou quantitativamente supe-
nhos, como uma ferramenta que proporciona a relação O
rior. u
entre as ações locais e o ótimo global, tendo em vista o t
fator restritivo que determina a lucratividade da empresa Fonte: (Silva, p. 1, 2005) u
como um todo. Isso é ilustrado na afirmação: b
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o
“Os gerentes estavam satisfeitos com a clareza, simpli-
cidade e facilidade de compreensão dos relatórios da a. Valor Presente Líquido (VPL) /
Contabilidade do Ganho, e de forma alguma sentiam D
saudades dos sistemas de relatório abandonados. Os Para Ross, Westerfield & Jaffe (1999) a origem do Valor e
gerentes, em muitos locais, informaram que um efeito Presente Líquido está fundamentada no reconhecimento z
e
imediato da conversão para a Contabilidade do Ganho da influência do tempo em relação aos capitais. O pres- m
era a maior liberdade na decisão de preços. As margens suposto básico sustentado por esses autores, e con- b
são muito maiores na Contabilidade dos Ganhos do que senso, entre outros, é a perda de valor do capital futuro r
na contabilidade por absorção” (Noreen et al, p. 45, ao longo do tempo, quando ele é descontado para um o
1995). Valor Presente. O Valor Presente Líquido é a determina- 2
ção, a valores presentes, de um determinado fluxo de 0
A seguir, serão apresentadas algumas ferramentas utili-
caixa. Em geral, o fluxo de caixa é representado pelo 1
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